terça-feira, 12 de julho de 2011

O velho Senhor Harms

  Estava tudo dando certo,a festa estava maravilhosa!
  Eu e minha prima Ana,fomos até a varanda,eu vi um velinho,na rua ao lado,ele estava com uma bengala,tentando desenterrar algo.
- Ana,olha só aquele senhor,o que será que ele quer?- eu perguntei a ela,tentando descobrir.
-Que velinho Cristina?- ela perguntou ,procurando o velho
- Aquele que está ali na rua,não tá vendo,cega!-respondi irritada
-Cristy,não tem nada!- Ela falou já com os olhos arregalados.
  E quando eu olhei novamente,ele havia sumido.
  Corremos para dentro da casa de vovó.
  Ana estava apavorada e eu também,eu nunca tinha visto aquilo,um espírito?!
  Mas por que só eu vi? será que eu tenho um dom?
  Os dias se passaram,e eu não havia visto mas o velho,eu estava mais calma.
  Era chegado o dia,mas uma festa na casa da vovó,eu,Ana,e Celeste,fomos até a varanda,e nada do velinho,logo agora que queríamos ele.
  Já era tarde,papai e mamãe estavam realmente,muito bebâdos, mas,do mesmo jeito,chegamos em casa vivos.
  Eu entrei no meu quarto,estava muito frio,MUITO  frio, eu olhei para a janela,estava aberta,eu estava indo fecha-lá,mas algo  me chamou mais a atenção,no espelho,algo escrito

  " aonde está o que me pertence? eu quero ,Se quiser permanecer viva,me mostre aonde está


                                                 Senhor Harms"
  Eu dei um grito,mas ninguém me ouviu,o que ele queria? eu não sei de nada.
  A noite inteira,eu fiquei pensando,eu não sabia,o que fazer.
  Eu fingi que nada aconteceu.
  No outro dia,havia uma mensagem no espelho do banheiro

" Eu avisei,mas você não quis me ajudar,seu fim está próximo"

 Eu me desesperei,na escola,eu não parava de suar,quando bateu o sinal,eu sai correndo,cheguei em casa,meus pais não estavam,o medo tomou conta,era ele,o Senhor Harms
- O que eu lhe disse?- ele perguntou,chegando mais perto.
-Para eu te ajudar,mas eu não sei,o que você quer.-Eu respondi,meu coração estava a mil
-Sabe sim,eu quero o dinheiro,que você roubou!
-Roubei?
-Sim,roubou,você e sua família.
-Mas,o que minha família fez?eu não tenho nada a ver com isso.
-Não interessa,hoje é o seu fim,e eu não quero nem saber.
-oh,não,por favor.
  Antes que eu pudesse,sair correndo,gritando,ele me agarrou pela perna.
- Não tenta fugir - ele gritou com raiva

16:30 ,23  de setembro de 1967
- O que aconteceu aqui- disse a mãe de Cristina,olhando para tudo quebrado
- Onde está Cristina? vou procurá -lá!- Disse o pai
 A mãe,olhava para tudo com pavor,ela escutou um grito do pai da garota.
Subindo até o quarto,a garota estava morta,no chão,as roupas rasgadas,sua boca costurada,e o corpo todo aberto,certinho bem no meio,e dentro dinheiro,várias notas antigas,e na cômoda,um bilhete
  " A sua família,roubou meu melhor tesouro,meu dinheiro,e agora eu tirei de vocês o bem mais precioso Cristina!"

A mãe olhou para o corpo da garota,e lágrimas cairam de seus olhos
- Que dinheiro?- O marido perguntou limpando as lágrimas
-A muitos anos a minha familia,tirou as terras de um homem,e lá havia muito dinheiro,os capangas do meu pai o mataram..
 O marido abraçou a garota e chorou.

A família inteira foi morta,e todos os corpos com notas,corpos abertos,as bocas costuradas? ninguém sabe.
Dizem,que o homem que roubou as terras do senhor,mentiu muito sobre ele,para roubar o dinheiro,por isso as bocas costuradas,pelas mentiras, a seu respeito.
O homem muito apegado a sua religião,seguia corretamente todos os mandamentos
" não furtáras" era um deles,a vingança contra a família foi feita.
 E como dizem as mães
" roubar é feio"
" Aqui se faz ,aqui se paga"

"Por isso,todos podem ser bem piores do que se imagina,não tente testar a paciência dos fracos,pois eles podem se tornar,muito mais fortes que você!"